terça-feira, 23 de junho de 2015
CONTABILIDADE AMBIENTAL: UMA NOVA GESTÃO
Por Carla Carolina de Almeida - Calcular o custo de produção de um produto é uma tarefa comum e crucial nas empresas. Calcula-se quanto se gastou, por exemplo, para adquirir e processar o material necessário para produzir uma garrafa de plástico, mas qual é o real custo dessa garrafa? A matéria prima utilizada advém dos recursos naturais que temos – ainda – disponíveis para usarmos, então calculamos o custo de aquisição, mas a indústria não conhece o real custo do produto, pois extrair um recurso da natureza traz consequências diversas, e o capital natural não é contabilizado no balanço das empresas.
Internalizar os recursos naturais – de maneira completa – no preço do produto é uma realidade almejada, porém pouco existente no Brasil e em diversos outros países, pois as dificuldades são diversas, podendo citar como principais:
• O meio ambiente não é considerado riqueza e a poluição não é considerada perda, pois ambos (meio ambiente e poluição) não possuem materialidade econômica, ou seja, não são economicamente mensuráveis;
• A ausência de um sistema de gestão ambiental nas empresas faz com que o assunto pertinente a essa área seja pouco tratado;
• Ausência de incentivos governamentais (exemplo: benefícios fiscais para empresas que possuam um sistema de gestão ambiental).
Hoje, a contabilidade ambiental já possui um status de ciência e começa a ser introduzida em algumas organizações, que se fundamentam, principalmente, no seguinte:
• Existe uma conexão entre a organização e o meio ambiente;
• Nada na natureza é extraído sem consequências;
• Tudo (resíduos, por exemplo) tem que ir para algum lugar.
Para introduzir a contabilidade ambiental, as empresas buscam a certificação ISO14001, que é tida como a principal base para se desenvolver uma contabilidade ambiental correta, e, futuramente, elaborar um EcoBalanço. De um questionário feito com as 50 maiores empresas do Brasil, 40% já possuem a certificação ISO14001 e 22% já estão em processo de implantação de um sistema de gestão ambiental. Nota-se, a partir disso, que há uma tendência, e, futuramente, até uma exigência da adequação da empresa a nova realidade de uma gestão preocupada com o meio ambiente.
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