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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Uma pequena introdução ao FMEA

FMEA – Failure mode and effect analisys é uma ferramenta que surgiu na indústria automotiva com o intuito de servir principalmente aos fornecedores desse segmento e propósitos tais como abordar e classificar riscos, servir de acervo de lições aprendidas e ainda servir de guia de prioridade de ações para reduzir riscos.
Vem a servir como ferramenta eficiente em indústrias que optam por certificar seu sistema de gestão da qualidade na normaISO 9001:2015 pois, além de atender os requisitos 6.1 e 6.3 de forma direta, atendem de forma menos direta outros requisitos, devido essa norma ter forte ênfase na abordagem de riscos.
Conceitualmente, o FMEA foi desenvolvido para ser uma “ação antes do evento” e não um “exercício após o fato”, ou seja, faz parte de um planejamento de qualidade, algo que é desenvolvido antes, de forma eficiente, para que efeitos como falhas não surjam ou sejam minimizadas.
O FMEA envolverá conhecimentos e experiências e, apesar de ser uma ferramenta trabalhosa (de certa forma), tem eficácia comprovada na redução de custos com ações tardias em projetos, processos e produtos. É o “pensar antes” para não “pagar depois”.
Um processo de FMEA bem executado poderá ainda diminuir a chance de alterações necessárias no processo ou projeto, o que poderia causar ainda mais problemas, seja em qualidade ou em custos.
Tecnicamente, um FMEA deveria ser desenvolvido, em projeto, nas suas primeiras ações e em processo, antes de se adquirir equipamento e desenvolver ferramental, no entanto, não é impossível se implantar FMEA onde estas atividades já tenham sido realizadas, podendo dessa forma, servir de ferramenta de melhoria.
Por não se tratar de ferramenta limitada a um segmento de indústria, o FMEA pode ser utilizado em processos que não envolvem  manufatura, como processos administrativos ou ainda serviços, tudo com o intuito de se detectar falhas potenciais.
Parte essencial do APQP – Planejamento Avançado da Qualidade do Produto, o FMEA é uma ferramenta multidisciplinar, afeta todo o processo de realização do produto e demanda certo tempo, portanto, precisa ser apoiado pelo alto gestor do processo e alta administração.
Os princípios da abordagem de implementação (conforme manual 4° edição AIAG) seguem conforme abaixo, no entanto, podem variar de acordo com o porte e segmento da empresa:
 - O escopo abrangerá FMEA’s produzidos internamente e por fornecedores da cadeia de fornecimento;
 - Abordar FMEA’s de projeto  e de processo, conforme aplicável;
 - Realizar isso tendo o FMEA como parte integrante do processo de APQP;
 - Parte de revisões técnicas de engenharia;
 - Parte da liberação e aprovação regular do projeto do produto ou processo.
Necessariamente, para eficácia, um FMEA precisa ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar/ multifuncional e os conhecimentos necessários à essa equipe variarão de acordo com o segmento e produto/ processo/ projeto.


À nível de estratégia, visando a efetividade, as organizações que desejam implantar um processo de FMEA precisam treinar colaboradores, sejam esses, usuários, fornecedores, facilitadores e ainda uma visão geral aos colaboradores não envolvidos diretamente.
Considerando um programa bem executado e FMEA’s implantados, não se pode dar por terminado, pois o FMEA é um compromisso de longo prazo com projetos e processos, visando a qualidade do produto. Novas experiências podem surgir e, nessa condição, FMEA’s devem sempre ser realimentados/ revistos.
A retenção do aprendizado, valendo-se das lições aprendidas durante desenvolvimento e implementação do FMEA, bem como experiências servirá de grande fonte de melhoria contínua e de facilitação para próximos FMEA’s. Vale lembrar que, muitas vezes e, de certo modo nas mais eficientes, lições aprendidas provém de erros.

Como recomendação, a linguagem a ser utilizada dentro de um FMEA, por mais que alguns membros possam não a compreender, deve ser a mais específica possível e, é claro, dúvidas com relação à linguagem podem ser esclarecidas durante/ posteriormente, no entanto, essa não deve ser barreira para a comunicação. Treinar e esclarecer fazem parte da evolução da equipe de FMEA.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A Verdadeira importância dos 5S's


5S representa cinco palavras japonesas que começam com a letra S. Não é fácil encontrar em outro idioma palavras que têm o mesmo significado de cada termo na cultura nipônica. Por exemplo: Seiri já foi traduzido comoseleçãodescartesenso de utilizaçãoSeiketsu aparece como higienepadronização, senso de saúde.
E há certo sentido: com o Seiri, fazemos seleção, ou seja, separamos o que é útil de o que não é útil, que será descartado. Assim, é facilitado o uso. Com senso de utilidade/utilização dos recursos, isto é, senso de utilização, a seleção e o descarte e o uso serão mais adequados. No entanto, a palavra descarte, por exemplo, fortalece o sentido de jogar fora, dando pouco valor ao sentido de uso.
Quanto ao Seiketsu, a higiene depende de seguirmos padrões saudáveis de uso, ordem e limpeza. A expressãosenso de saúde representa nossa sensibilidade para avaliar as boas práticas (as práticas saudáveis), capacidade de padronizá-las, assegurando a saúde. Considere saúde para tudo: física, mental, social, financeira, ambiental etc.
A tradução utilizando a palavra senso se tornou uma das mais divulgadas no Brasil a partir de meados da década de 1990. Além de iniciar com S, facilitando a didática do 5S, este termo remete ao bom senso, característica de pessoa sensata. A prática do 5S é um bom meio de apurar a sensatez. Com isso, o 5S deixa de ser uma coisa de fábricas, máquinas, ferramentas. Entendido assim, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer lugar, para facilitar a solução de qualquer desafio.
Finalmente, essa tradução aproxima o 5S de o que é natural no organismo vivo. Praticar 5S é semelhante ao que qualquer ser vivo faz para viver.