quarta-feira, 1 de julho de 2015
Melhoria de Processos, tema 1: REDUÇÃO DE CUSTOS
Até a revolução industrial, podíamos dizer que o preço de um produto se dava por P = C+L, sendo P = preço, C = custo e L = Lucro. Ou seja, o preço de um produto, basicamente, era determinado pelo quanto custou para produzir somado à margem de lucro do produtor. Matematicamente falando P = F(C,L) ou "Preço é função de custo e lucro". Após a revolução industrial e a multipolarização do mundo, aumentou-se a concorrência e a busca por competitividade tornou-se iminente. Com a entrada da informática e a expansão dos meios de comunicação, o público tornou-se mais seletivo com relação aos produtos, pois nesse momento da história o consumidor pôde efetivamente "comparar" antes de comprar. Um dos fatores mais importantes para a opção no momento da compra é o preço do produto. Você, leitor, me responda: Quanto custa uma moto 125 cilindradas? Quanto custa um automóvel popular? Quanto custa uma televisão? Sim, você faz ideia de quanto custa e de quanto estaria disposto a pagar por cada um desses produtos, certo? Ou seja, a equação P = C+L passa a ser impraticável pois o preço o consumidor já sabe aproximadamente (o Preço se torna uma constante). Mesmo o lucro, os produtores já não conseguem mais estipular um lucro absurdo devido sua concorrência. Sendo assim, a fórmula se rearranja para L = P-C ou, matematicamente falando, L = F(P,C). Olhando, para essa fórmula, uma vez que o componente "preço" é uma constante, a única forma de aumentar a lucratividade da empresa é: REDUÇÃO DE CUSTOS.
Quais os fatores devem ser levados em consideração para a redução de custos? Em uma primeira instância, as componentes do custo são todas aquelas levadas em consideração para a composição deste. Não, eu não sei fazer um bolo, mas a minha avó (que descanse em paz) sabia fazer muito bem e eu costumava sempre observá-la fazer, por isso ao menos os ingredientes eu conheço (rsrs). Suponhamos que fôssemos abrir uma fábrica de bolos de chocolate, o "jeitão" geral da equação do custo seria CUSTO = MATERIAIS+GÁS+DEPRECIAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS (FORNO, BATEDEIRA, ETC.)+HORA/HOMEM+REFUGOS (direto e indireto) +ELETRICIDADE (pois ninguém trabalha no escuro, certo?)+IMPOSTOS. Para a redução de custos, poderíamos estudar cada componente dessa fórmula em particular e, cada uma por si só é um universo de possibilidades. Para materiais, poderíamos tratar muitas coisas para a redução de custos, tais como redução de desperdícios, otimização de utilização ou ainda substituição de materiais e fornecedores. A depreciação de um equipamento é um fator um pouco mais difícil de se reduzir custos, mas ainda assim existem trabalhos como treinamento da correta utilização, que ao menos, caso bem utilizado, faz com que o equipamento se deprecie na taxa prevista. Existem tabelas de depreciação de cada tipo de equipamento.
Para o fator HORA/HOMEM, podemos citar a otimização de mão-de-obra, que pode conseguir ótimos resultados através de um trabalho apurado de tempos e métodos. Para eletricidade (lembre que estamos apenas exemplificando) poderíamos substituir as lâmpadas do ambiente por iluminação natural ou lâmpadas fluorescentes e otimizar o tempo de utilização de equipamentos como a batedeira. E os impostos? Mais difícil de lidar, não é mesmo? Mas ainda assim existem trabalhos para redução de impostos. Já ouviu falar que determinada fábrica mudou e foi para outra cidade devido incentivo fiscal? Pois é... é um dos métodos. Não existe processo tão ruim que não mereça ser melhorado, nem processo tão bom que não consiga ser melhorado.
Existem muitas empresas focadas nesse tipo de trabalho (como a própria AUSTENITE) e vale a pena consultar um especialista nesse assunto, pois reduzindo custos, aumenta-se a lucratividade e a competitividade.
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