quarta-feira, 1 de julho de 2015
Já pensou em empreender?
Por Carla Carolina de Almeida:
A elaboração do plano de negócios é um dos métodos mais utilizados para quem deseja planejar seu empreendimento; planejar o que será feito, quais as possibilidades, os investimentos iniciais, as projeções etc., tudo isso é de suma importância para o negócio que será iniciado, pois permite uma visão geral e detalhada do que se pretende fazer, diminuindo riscos, pois permite uma boa análise por parte do empreendedor.
Um bom plano de negócios deve ser bem abrangente e detalhado, contendo, principalmente:
• Parte executiva e descritiva: deve conter as características principais do seu futuro negócio (missão; visão; valores; qual será o produto/serviço; onde funcionará; quem será(ão) os responsáveis; dados do empreendedor(es); capital social etc.).
• Parte analítica do mercado e estratégias de marketing: não basta ter uma boa ideia, um bom produto... é preciso ter mercado para vender isso. Fazer um estudo mercadológico é crucial para saber o que, onde e para quem vender. Para isso, há inúmeras ferramentas, como: pesquisa de campo, utilização de dados estatísticos, análise de setor etc. Depois de estudado o mercado e definido o perfil do consumidor, parte-se para a elaboração das estratégias a serem utilizadas para chegar até esse consumidor e conquista-lo.
• Parte operacional: para produzir, comercializar ou prestar um serviço, é preciso saber quem fará isso e como. A quantidade de funcionários necessários vai depender, principalmente, do tipo de negócio (normalmente, prestação de serviço e comércio exigem uma quantidade menor de funcionários) e da demanda, pois quanto mais o mercado demanda, mais recursos humanos (e materiais, claro), o negócio precisará.
• Parte financeira: não digo que é o coração do negócio (pois o coração do negócio é a dedicação do empreendedor em fazer dar certo), mas a análise financeira, sem dúvida, é muito importante. Começa-se analisando qual será o investimento inicial necessário (maquinário, material de escritório, instalações etc.) para que o negócio possa começar a funcionar. Não é indicado que o capital social seja comprometido completamente, pois será preciso ter um capital de giro para a empresa. Depois disso, é preciso estudar os impostos incidentes em sua atividade, que variam muito e devem ser analisados com cuidado, pois como serão embutidos no preço de venda para o consumidor, um pequeno erro pode comprometer toda sua análise (nesse caso, recomenda-se a ajuda de um contador para evitar erros). E não paramos por aqui, há ainda que se considerar os custos (fixos e variáveis, diretos e indiretos) e projeção de vendas (cuidado especial para produtos sazonais; é muito importante ter uma forte integração com a análise mercadológica).
É interessante que o empreendedor faça uma análise minuciosa do payback (tempo de retorno do capital investido) e estabeleça alguns indicadores para acompanhar o desenvolvimento do negócio. No próximo texto veremos como fazer o cálculo do payback e quais indicadores financeiros melhor refletem a situação da empresa.
Dica: não é muito interessante que um terceiro (empresas de consultoria, por exemplo) elaborem seu plano de negócios sem a sua participação direta. Caso decida contratar um profissional para te auxiliar na elaboração, não deixe de participar ativamente, pois somente você, como empreendedor, conhece a essência de seu negócio e seus objetivos com o mesmo, e isso é muito importante para a obtenção de bons resultados.
Nota-se que o Plano de Negócios é uma possibilidade de analisar seu negócio antes que ele aconteça (ou seja, antes de você investir dinheiro e correr o risco de perdê-lo), e ter a chance de corrigir, afinal, é melhor errar no papel, né?
Baixe o material disponível no nosso blog (Apostila do Sebrae sobre como elaborar seu plano de negócios) e mãos a obra!
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