De acordo com um levantamento da PWC em 189 países, o Brasil
é um dos países que fazem parte do grupo dos que MAIS arrecadam impostos, seja
de empresa, seja de pessoa física.
Focando este artigo na perda de competitividade das empresas
brasileiras, podemos levantar um grupo de características que fazem parte de
muitas empresas brasileiras que impulsionam a perda de competitividade, dos
quais pretendo focar em dois
1° - A relação
desproporcional do imposto pago pela indústria e população para com o IDH;
2° - A falta da
cultura de racionalização industrial.
Nesta segunda característica, podemos atribuir fatores
históricos como o Brasil (em sua raiz) ter nascido como terra de extrativismo
e, com isso, acabar desenvolvendo políticas e cultura que não propõe/ encabeçam
que o Brasil seja referência industrial. Comprovando essa hipótese, temos como
fato a nossa exportação de commodities a um preço baixíssimo e importação de
produto industrializado a preços elevados.
Onde quero chegar com esses dados: o Brasil está atrasado
(décadas) em evolução da capacidade/competitividade industrial.
Desde a década de 90, houve uma intensa demanda da indústria
nacional pelo sistema Lean Manufacturing (Produção Enxuta), onde empresários
investiram fortunas para consultores que muitas vezes dominavam a técnica, mas
devido à realidade externa à indústria (como fornecedores, por exemplo, pois se
um dos seus fornecedores relevantes não se adaptar à sua demanda será motivo de
transtorno dentro da fábrica) fracassaram na implantação de um sistema
eficiente.
À essa ineficiência, atribuo fatores externos como
mencionado, mas em sua maior parte fatores internos. Ora, o sistema Lean
Manufacturing é um sistema de produção bastante simples, e nesse ponto, cito
que a simplicidade é o último grau de sofisticação. Esse é um sistema que
requer muita técnica, mas principalmente cultura. O Brasil vem engatinhando até mesmo para uma implantação eficaz da cultura 5S's.
Diferente do Japão, que foi dizimado por uma guerra e teve
que aprender a trabalhar com recursos escassos, o Brasil não sofreu (ao menos
diretamente) com essa intempérie, precisando desenvolver uma cultura racional
de produzir com qualidade utilizando somente o que é necessário. Para parte da
indústria, “vamos produzindo. Vamos empurrando com a barriga e sobrevivendo”.
Existe hoje uma luz nisso tudo. Uma grande demanda pela
racionalização utilizando como ferramenta a Cronoanálise vem sendo sentida, o
que é ótimo para a indústria nacional que deseja chegar a um nível de
excelência/ referência em produção, servindo de base (muitas vezes) para a
própria produção enxuta, implantada de uma forma plenamente sustentável.
A Cronoanálise tem sua origem fortemente
atribuída aos trabalhos feitos por Frederick Taylor (1856-1915) e Frank Bunker
Gilbreth (1885). O primeiro focou o estudo de tempos com a decomposição das
operações em elementos e a avaliação do ritmo do operador. O segundo focou o
estudo detalhado dos movimentos, criando tabelas com o nome de cada movimento,
no intuito de otimizar a execução de uma operação exscolhendo-se os movimentos
mais simples, de menor fadiga e com maior valor de trabalho agregado.
Frederick Taylor tinha como objetivo evitar conflitos entre interesses dos trabalhadores e da empresa e Frank Gilbreth em subtituir movimentos longos e cansativos por outros curtos e menos fatigantes.
O esforço destes 2 cientistas formou os fundamentos da Administração Científica, também conhecida como Cronoanálise, Tempos e Métodos ou mesmo Métodos e Processos.
A Gestão da Qualidade exige o diagnóstico efetivo de todos os processos da instituição de forma confiável e atualizada no tempo adequado para a tomada de decisões gerenciais. As atividades nos postos de trabalho precisam ser conhecidas, padronizadas e ter seu desempenho permanentemente mensurado no sentido de melhorar a produtividade.
A cronoanálise é uma ferramenta avançada da qualidade que permite o conhecimento detalhado das atividades evidenciando pontos passíveis de melhoria. Um dos pontos positivos deste método em relação a outros é a questão do treinamento, que permite ao analista industrial já está apto a aplicar o método com precisão, produzindo resultados imediatos.
A Cronoanálise usa a cronometragem como ferramenta e apura melhor a medição do tempo real para a indicação do tempo previsto, ou seja, com o tempo medido, devemos avaliar o ritmo do operador, avaliar estatísticamente o número de medições exigidas e o grau de confiabilidade, para obter um tempo puro.
Determinando o método mais rápido e eficiente para a execução de uma operação necessária a Cronoanálise na prática identifica e fornece melhorias permitindo a redução dos custos de manufatura de um produto.
É aplicada em qualquer setor onde haja a atividade humana. Outras finalidades:
- Aproveitar o tempo apurado para a coordenação e controle da produção
- Base para cálculo da remuneração variável
- Formar tabelas de tempos planejados
- Incluir observações sobre as condições ergonômicas do trabalho
- Indicar os potenciais de racionalização
- Determinação dos padrões de tempo para propriação da mão de obra, carga máquina e o balanceamento de linhas e de setores da produção
Desde a publicação dos trabalhos de Taylor e Gilbreth, muito se evoluiu no conhecimento e aplicação das técnicas de Tempos e Métodos. o inicío do século XX, o matemático francês "Bedaux", identificou que o ato de conhecer os tempos de fabricação deve obedecer as regras matemáticas para "Probabilidade de números aleatórios" e assim, adotar os rígidos procedimentos estatísticos. Tais procedimentos indicam, que ao pesquisar os tempos medidos, esses devem ser configurados no Universo Verdade através da Avaliação do Rítmo com que foi realizado o tempo medido.
E só assim, a média poderá ser obtida e considerada verdade, desprezando-se os erros. O tempo corrigido pelo Rítmo passou a ser conhecido como Tempo Normal, ou seja, "O Tempo requerido para que uma pessoa Normal e em condições Normais de trabalho, realize uma tarefa, tendo o Nível de Confiabilidade igual à 95% e com Erro Relativo de mais ou menos 5%. Ou seja, O Tempo Padrão obtido através do procedimento cientifico indicado por Bedaux, pode no máximo, dizer o seguinte:O Tempo Padrão tem 95% de possibilidade de estar correto, desde que, seja aceitavél a distorção para mais ou para menos de 5%.Bem como, Rítmo e Velocidade são coisas diferentes, Velocidade é a relação do espaço pelo tempo e Rítmo é o produto da Habilidade pelo Esforço.
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Frederick Taylor tinha como objetivo evitar conflitos entre interesses dos trabalhadores e da empresa e Frank Gilbreth em subtituir movimentos longos e cansativos por outros curtos e menos fatigantes.
O esforço destes 2 cientistas formou os fundamentos da Administração Científica, também conhecida como Cronoanálise, Tempos e Métodos ou mesmo Métodos e Processos.
A Gestão da Qualidade exige o diagnóstico efetivo de todos os processos da instituição de forma confiável e atualizada no tempo adequado para a tomada de decisões gerenciais. As atividades nos postos de trabalho precisam ser conhecidas, padronizadas e ter seu desempenho permanentemente mensurado no sentido de melhorar a produtividade.
A cronoanálise é uma ferramenta avançada da qualidade que permite o conhecimento detalhado das atividades evidenciando pontos passíveis de melhoria. Um dos pontos positivos deste método em relação a outros é a questão do treinamento, que permite ao analista industrial já está apto a aplicar o método com precisão, produzindo resultados imediatos.
A Cronoanálise usa a cronometragem como ferramenta e apura melhor a medição do tempo real para a indicação do tempo previsto, ou seja, com o tempo medido, devemos avaliar o ritmo do operador, avaliar estatísticamente o número de medições exigidas e o grau de confiabilidade, para obter um tempo puro.
Determinando o método mais rápido e eficiente para a execução de uma operação necessária a Cronoanálise na prática identifica e fornece melhorias permitindo a redução dos custos de manufatura de um produto.
É aplicada em qualquer setor onde haja a atividade humana. Outras finalidades:
- Aproveitar o tempo apurado para a coordenação e controle da produção
- Base para cálculo da remuneração variável
- Formar tabelas de tempos planejados
- Incluir observações sobre as condições ergonômicas do trabalho
- Indicar os potenciais de racionalização
- Determinação dos padrões de tempo para propriação da mão de obra, carga máquina e o balanceamento de linhas e de setores da produção
Desde a publicação dos trabalhos de Taylor e Gilbreth, muito se evoluiu no conhecimento e aplicação das técnicas de Tempos e Métodos. o inicío do século XX, o matemático francês "Bedaux", identificou que o ato de conhecer os tempos de fabricação deve obedecer as regras matemáticas para "Probabilidade de números aleatórios" e assim, adotar os rígidos procedimentos estatísticos. Tais procedimentos indicam, que ao pesquisar os tempos medidos, esses devem ser configurados no Universo Verdade através da Avaliação do Rítmo com que foi realizado o tempo medido.
E só assim, a média poderá ser obtida e considerada verdade, desprezando-se os erros. O tempo corrigido pelo Rítmo passou a ser conhecido como Tempo Normal, ou seja, "O Tempo requerido para que uma pessoa Normal e em condições Normais de trabalho, realize uma tarefa, tendo o Nível de Confiabilidade igual à 95% e com Erro Relativo de mais ou menos 5%. Ou seja, O Tempo Padrão obtido através do procedimento cientifico indicado por Bedaux, pode no máximo, dizer o seguinte:O Tempo Padrão tem 95% de possibilidade de estar correto, desde que, seja aceitavél a distorção para mais ou para menos de 5%.Bem como, Rítmo e Velocidade são coisas diferentes, Velocidade é a relação do espaço pelo tempo e Rítmo é o produto da Habilidade pelo Esforço.
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