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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Resiliência no ambiente de trabalho - Até onde é aceitável?

Antes de iniciar meu ponto de vista, qual de forma alguma é dogmático e provém de minha experiência individual, gostaria de conceituar o termo "resiliência" segundo o dicionário Aurélio.

Resiliência:

Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.

Fonte: https://dicionariodoaurelio.com/resiliencia

Parece pergunta padrão em entrevista de emprego: "Você é resiliente?". A palavra é bonita, não tão usual e causa boa impressão a quem a usa.

A falta de resiliência indica que o corpo (ou indivíduo) é frágil, que na mínima "pancada" fratura (ou chora, entra em depressão, pede a conta, desmotiva, etc.) e, portanto, é uma característica buscada sim por grande parte das empresas em seus candidatos.

Mas um colaborador que não reage, que não impõe limites, que não argumenta seu ponto de vista é bom?

O ponto em que quero chegar é: o excesso de resiliência é tão prejudicial quanto a falta dela.
Argumento essa afirmação com a seguinte colocação - O excesso de resiliência gera o "pau mandado".

Novamente, a "campanha pela resiliência" - se é que assim podemos chamar - resultou em uma geração de colaboradores de cabeça baixa, que fazem o que tem que fazer porque tem que fazer, que não questionam, que tomam "pancada" estando certos ou errados pelo fato de que tem contas a pagar, etc.

Citando parte do enunciado da terceira lei de Newton, temos: "Toda ação gera uma reação". Isso se aplica não somente à mecânica clássica, mas também à Psicologia. A absorção dos impactos sem a externalização dos efeitos (de modo controlado ou não) pode gerar depressão, doenças psicosomáticas e até efeitos no ambiente social.

Não, não estou defendendo que o profissional correto é aquele não sabe absorver uma informação áspera, que não sabe digerir aquela situação e tratá-la de uma forma mais inteligente e elegante, mas estou sim criticando (construtivamente) o "pau mandado", aquele que não tem respeito por si próprio.

A resiliência em excesso tem muitas implicações negativas, tais como:

 - a omissão de oportunidades de melhoria;
 - doenças psicossomáticas;
 - impactos no ambiente corporativo;
 - impactos no ambiente familiar;
 - outros.

Pratiquei boxe por algum tempo e, neste fabuloso esporte existe um golpe fantástico - O Jab.
O jab é um soco dado com sua mão mais fraca. Geralmente não é um golpe decisivo, não tem a intenção de derrubar um adversário - como um cruzado, um direto ou um uppercut. É um soco dado para limitar uma distância, até onde o oponente pode ir com você sem se ferir. Lutadores experientes como Anderson Spider Silva até preferem "tomar uns jabs" no início de suas lutas justamente para medir essa distância segura. Afirmo que o jab sempre me foi saudável no ambiente corporativo - se é que me permitem a analogia. Te evita de precisar aplicar o cruzado ou o direto.


Respeite a si próprio. Respeite os demais. Seja harmônico.

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